AS ALMINHAS

Preparando-se para a vida eterna…

…o temor dos que ainda permanecem na terra e a saudade dos que partiram, expressa-se através de rituais, quer por parte das instituições religiosas quer por manifestações populares como a colocação de alminhas ou de nichos.

As alminhas são pequenos monumentos rupestres colocados ao longo de caminhos e em locais onde a morte esporadicamente se manifestou. Assim, lembram a necessidade de rezar por quem partiu, pedindo a quem passe que se detenha e ore por quem está “penando”.

Verdadeiros “altares de caminho” parecem estar destinados a duas funções distintas. Assim, enquanto uns marcariam os locais, onde a caminho do cemitério, se devia parar para rezar pela almas de quem ia a sepultar, outras eram construídas nos locais onde a morte tinha ocorrido, qual marco de lembrança pedindo uma oração.

A pedra com que eram construídas as alminhas tem-se mantido intactas ao longo do tempo. A muitas falta o painel de madeira onde eram pintadas as cenas do purgatório, noutras foi feita a substituição por azulejos alusivos ou não ao tema e nas restantes o tempo encarregou-se de apagar as primitivas pinturas. As alminhas remontam aos séculos XVIII e XIX e ninguém pode ficar indiferente a estes marcos de fé, que permanecem lembrando aos homens que a vida é breve e fugaz.

Para além das alminhas encontramos pequenos nichos, parecendo pequenas capelinhas dedicadas a determinados santos.